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A hiperinflação no Brasil ocorreu entre os três primeiros meses de 1990. As taxas mensais de inflação entre janeiro e março de 1990 foram de 71,9%, 71,7% e 81,3%, respectivamente. Conforme aceito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a hiperinflação é definida como um período de tempo em que o nível médio de preços de bens e serviços aumenta mais de 50% ao mês.
O Brasil experimentou mais de uma década de inflação muito alta – muitas vezes inflação mensal de dois dígitos – precedendo o período hiperinflacionário. A nação sustentou a hiperinflação por menos de meio ano. Este evento econômico foi o culminar de uma série de aspectos estruturais da economia brasileira, incluindo, mas não exclusivamente, comércio exterior limitado e alta dívida pública externa, bem como medidas preventivas malsucedidas.
O governo brasileiro respondeu à hiperinflação usando vários períodos de congelamento de preços para interromper artificialmente a inflação. Isso foi eficaz no gerenciamento da hiperinflação por alguns meses. Em julho de 1990, os controles de preços foram suspensos e a hiperinflação voltou.
O período de hiperinflação foi resolvido após a implantação do Plano Real (1994). A economia brasileira tinha recursos financeiros limitados para sustentar uma política fiscal expansionista. O Plano Real envolvia ancorar a economia em uma unidade de conta separada, a Unidade Real de Valor (URV), em vez da moeda, o cruzeiro. A função de pagamento foi então transferida para a URV que passou a ser o real. A separação e reintegração da função do dinheiro foi bem sucedida em limitar a inflação no curto e longo prazo.